Britânico "alérgico a tecnologia" chega a sangrar
Um britânico de 36 anos "alérgico a tecnologia" chega a sangrar pelo nariz, desmaiar ou ficar com dores de cabeça e sem dormir quando se aproxima de aparelhos tecnológicos. De acordo com reportagem do jornal Daily Mail, o homem, chamado Phil Inkley, vive isolado, longe dos grandes centros urbanos.
Inkley diz sofrer de hipersensibilidade magnética, algo ainda não reconhecido como doença no Reino Unido e que diversos órgãos governamentais enquadram simplesmente como problema psicológico.
Phil Inkley, que agora vive isolado.
Apaixonado por tecnologia desde criança, ele trabalhava como técnico de informática e engenheiro de som quando há sete anos percebeu que viver numa sociedade permanentemente conectada, cercada de celulares, roteadores, televisores e micro-ondas, estava se tornando insuportável.
Depois de arcar com diversas perdas em sua vida social, profissional e amorosa, a solução encontrada pelo técnico foi, literalmente, partir para o meio do mato. Hoje, ele vive num trailer, rondando florestas e cultivando seus próprios alimentos. Nem vizinhos ele pode ter.
Para o doutor Andrew Tresidder, estudioso da hipersensibilidade magnética, o tempo será responsável por fazer todos perceberem o mal de uma sociedade excessivamente conectada: "Em cinco anos nós olharemos para trás e perceberemos o grande desastre na saúde pública que se armou sob nossos narizes".
Os sintomas do distúrbio, de acordo com o doutor, são variados: fadiga, dores de cabeça, náusea, insônia, dores nos dedos ou articulações e até palpitações.
Hipersensibilidade magnética
Apesar da falta de apoio da comunidade científica, a hipersensibilidade magnética foi observada por pesquisadores da Universidade da Louisiana, nos Estados Unidos, país em que o distúrbio pode atingir cerca de 5% da população.
Mesmo com tantos estudiosos classificando o problema como mito, a cidade norte-americana de Green Bank, no estado de Virgínia, anda recebendo em sua chamada "Zona de Silêncio de Rádio" cada vez mais pessoas que se dizem vítimas da tecnologia; elas alegam sentir fortes dores de cabeça quando expostas, por exemplo, a redes sem fio, celulares e fornos de micro-ondas. Algumas chegam a sofrer queimaduras.
A "Zona de Silêncio de Rádio" teria sido planejada para isolar uma rede de espionagem do exército norte-americano.
Zona de Silêncio de Rádio.